A Procuradoria-Geral Regional de Lisboa torna público o seguinte:
O Ministério Público apresentou, no dia 9 de março, a primeiro interrogatório judicial uma arguida fortemente indiciada da prática de um crime de roubo.
Resulta dos factos que, no dia 27 de fevereiro de 2023, a arguida aproximou-se da vítima e colocou-lhe uma pulseira no pulso, dizendo que era para sua proteção e para lhe dar sorte.
A ofendida disse não pretender a pulseira mas a arguida agarrou-a pelo braço e caminhou lado a lado com ela até junto do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Tentando afastar a arguida, a vítima entregou-lhe 40€, mas a arguida, enquanto referia que a pulseira era muito mais valiosa, levou-a para uma zona menos movimentada e encostou-lhe um objeto pontiagudo à barriga.
De seguida, conduziu a ofendida até uma paragem do autocarro, onde apanharam um transporte público.
A arguida deu ordens à ofendida para saírem numa paragem junto ao Hospital Júlio de Matos, seguindo depois a pé, sempre de braço dado, até dependência bancária, exigindo pelo caminho que a vítima lhe desse 2000€.
Por receio, a vítima dirigiu-se ao balcão da instituição bancária, tendo levantado 732€, todo o dinheiro que tinha na conta.
Assim que saiu para o exterior, a arguida deu-lhe imediatamente o braço e encaminhou-a para apanharem novamente um transporte público.
Já no interior do autocarro, e sob ameaça de um objeto cortante e pontiagudo, a arguida exigiu que a vítima lhe passasse o dinheiro.
Após interrogatório judicial, e de acordo com a promoção do Ministério Público, foi aplicada à arguida a medida de coação de prisão preventiva.
A investigação é dirigida pelo Ministério Público do DIAP de Lisboa, com a coadjuvação da PSP.